sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Eu odeio ter tanta certeza de que ainda te amo

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Eu ainda te odeio... e isso só me faz pensar no quanto um sentimento é capaz de resistir. Eu ainda te odiar, significa que nem por um dia eu deixei de pensar. Que o mais intenso dos meus sentimentos foi voltado a isso. Eu te odiei do momento em que sumistes daqui, até a hora em que voltasses a me procurar.

E eu te odiei por me fazer sentir tanta a tua ausência. Eu odeio o modo irritante de como tiras o meu sono. O modo como me traz instabilidade em dias de calmaria. E eu odiei te perdoar, por uma, duas e até três vezes...

Odiei não conseguir rasgar tuas fotos, apagar os teus recados. Odiei ainda mais, precisar encarar a vida sem ti, dar passos cegos e até procurar outros amores em vão. Odeio ficar comparando pessoas a você e saber mesmo assim, que ninguém fará comigo o que tu ainda fazes.

Odeio ver o relógio parado durante tempos em que nos afastamos. Ter provas reais de que o destino vive a brincar conosco.

Ainda te odeio tanto...
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E te odeio porque sei que não percebes que te odiar, é o mais visível traço de que ainda te tenho em mim. De forma íntima e inabalável. Eu te odeio por nunca ter conseguido te afogar das minhas memórias feitas minuciosamente pelos teus toques e trejeitos.

Odeio o fato de só tu não entenderes isto e, mesmo assim, de forma automática chego até ti em busca de respostas. Odeio te conhecer tão bem e saber que pra ti as coisas não são assim. Eu odeio ver os meus desejos sendo sufocados por prevenção, envoltos em dúvidas.

Eu te odeio, por levar um segundo para entrar e a eternidade para sair da minha vida. Eu odeio que seja você a aquarela da minha existência. Eu odeio o jeito que me envolves. Eu odeio te ver como solução. Eu odeio o atraso que me causas e a rapidez com que me esqueces.

Eu odeio ter tanta certeza de que ainda te amo!
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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Hoje o MEU SOL se pôes antes do dia acabar!

Aquele Adeus. Aquele adeus que não questiona. Um ciclo vicioso interminável. Interminável? Amanhã voltarás? Amanhã deitarás de novo no horizonte?Sol que nasce, sol que aquece, sol que queima, sol que se põe... e há-de voltar a nascer. Morres todos os dias, com a certeza de voltar?Amanhã dizer-te-ei Adeus? És tu que vais ou sou eu que fico? Ficarei? Com que certeza? Nenhuma. Hoje acordei e já me aquecias. E lembro-me, agora, que te esquecia. Tu, fonte de vida, fulcral e insignificante, como tanto mais que me rodeia e me esqueço de valorizar, de amar. E se amanhã és tu que ficas e eu que vou? Se eu for e não voltar? Não quero ir sem te ter amado. Porque um dia deixar-te-ei, ou então, serás tu a deixar-me. Mas quando chegar o dia em que não voltarei a ver-te recolher no horizonte, envolvido em beleza que dispersa, lembrar-me-ei, de tudo! E lembrar-me-ei que tudo amei, ou ao menos, em cada dia esforcei por amar. Porque o que é fulcral jamais poderá ser esquecido, jamais poderá ser insignificante. Amanhã quero te ver de novo. E quando gritares a tua beleza, tão única, à hora do Adeus, espero lá estar. Dizer-te-ei Adeus e saberás o meu desejo mais profundo, o de ter amado hoje o máximo, e o de puder, amanhã, amar ainda mais.