sábado, 15 de março de 2008

O que eu preciso saber sobre você ...

Não me interessa o que você faz para viver. Quero saber o que você deseja ardentemente, e se você se atreve a sonhar em encontrar os desejos do seu coração.

Não me interessa quantos anos você tem. Quero saber se você se arriscaria a aparentar que é um tolo por amor, por seus sonhos, pela aventura de estar vivo. Não me interessa quais os planetas que estão em quadratura com a sua lua. Quero saber se você tocou o centro de sua própria tristeza, se você se tornou mais aberto por causa das traições da vida, ou se tornou murcho e fechado por medo das futuras mágoas.

Quero saber se você pode sentar-se com a dor, minha ou sua, sem se mexer para escondê-la, tentar diminuí-la ou tratá-la. Quero saber se você pode conviver com a alegria, minha ou sua, se você pode dançar loucamente e deixar que o êxtase tome conta de você dos pés à cabeça, sem a cautela de ser cuidadoso, de ser realista ou de lembrar das limitações de ser humano.

Não me interessa se a história que você está contando é verdadeira. Quero saber se você pode desapontar alguém para ser verdadeiro com você mesmo; se você pode suportar acusações de traição e não trair sua própria alma. Quero saber se você pode ser leal, e portanto, confiável.

Quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o que vê não seja bonito todos os dias, e se você pode buscar a fonte de sua vida da presença de Deus. Quero saber se você pode conviver com o fracasso, seu e meu, e ainda postar-se à beira de um lago e gritar à lua cheia prateada: "Sim”.

Não me interessa saber onde mora e quanto dinheiro você tem. Quero saber se você é capaz de se libertar do que é meramente material e se arriscar em nome de uma paixão?

Não me interessa quem você é, como chegou até aqui. Quero saber se você vai se postar no meio do fogo comigo e não vai se encolher.

Não me interessa onde ou o que ou com quem você estudou. Quero saber o que o segura por dentro quando tudo o mais fracassa. Quero saber se você pode ficar só consigo mesmo e se você verdadeiramente gosta da companhia que consegue nos momentos vazios.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Depoimento na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa

CDH DA ALE OUVE PROFESSOR VÍTIMA DE AGRESSÃO


A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembléia Legislativa, composta pelos deputados Jota Cavalcante (PDT), Judson Cabral (PT), Flávia Cavalcante (PMDB) e Fernando Toledo (PSDB), reuniu-se nesta quarta-feira (6) para ouvir o depoimento do coordenador do Movimento Nacional dos Meninos de Rua, professor Átila Vieira, que foi espancado no último dia 27 de maio por três homens não identificados quando esperava um coletivo na praia de Jatiúca. O professor contou que essa é a segunda vez que é agredido.

Durante seu relato o professor Átila informou que antes de ser espancado vinha recebendo ameaças por telefone. Disse ainda que se sente amedrontado e que sua família está em pânico. Segundo o professor, sua mãe teve que ser retirada do Estado por conta das agressões que ele vem sofrendo. Átila Vieira informou que denunciou o fato na Delegacia de Plantão 3 e que o inquérito está sendo conduzido pelo delegado Ney Alcântara, no 2º Distrito Policial.

O coordenador do Movimento Nacional de Meninos de Rua contou que foi agredido logo após ter concedido entrevista a uma rádio local, denunciando a existência de um cemitério clandestino de fetos. “Isso foi no dia 18 de maio, no dia seguinte comecei a receber ligações ameaçadoras”, contou.

O presidente da CDH, deputado Jota Cavalcante, se mostrou sensibilizado e preocupado com o teor dos relatos de Átila Vieira, e colocou a Comissão a sua disposição. Garantiu ainda que vai pedir informações à polícia sobre outros fatos relatados pela vítima. “Estamos a sua disposição e peço que nos mantenha informados se vier a sofrer novas ameaças. Quero que saiba que essa Casa vai estar sempre atenta para ajudar no que for necessário”, declarou Cavalcante, acrescentando que vai solicitar junto às autoridades competentes uma maior fiscalização e aprofundamento nas investigações.

Além da denúncia sobre as agressões sofridas, Átila Vieira trouxe dados preocupantes sobre a ação de traficantes no Estado, especialmente em Maceió. “Maceió está tomada pelo comércio do crack”, disse Vieira, acrescentando que na próxima semana estará viajando a Brasília, onde também deverá ser ouvido pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.

A denúncia sobre a agressão da qual foi vítima o professor Átila Vieira, foi trazida ao plenário da Assembléia Legislativa pelo deputado Judson Cabral, na semana passada.


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